Abobrinha: Um legume, uma fruta ou um ovário?

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A abobrinha que é consumida como um legume é na verdade um ovário inchado da flor.

Na planta da abobrinha há tanto flores masculinas quanto femininas. A feminina tem o ovário que chamamos de abobrinha.  Botanicamente o ovário de uma planta que contêm as sementes é chamado de fruto.

Quando os exploradores europeus chegaram à América, as abóboras eram um dos três principais alimentos dos índios nativos, juntamente com o feijão e o milho. Como eles nunca tinham visto uma abobrinha, achavam que eram melões.

O consumo de abóboras é muito antigo, sementes de abóbora foram encontradas em escavações arqueológicas no México que datam de 9000 a 4000 aC.

Foi Colombo quem levou as sementes de abóbora para a Europa quando voltou de suas explorações. Mas a abobrinha que conhecemos, só passou a ser consumida e cultivada por volta de 1800, na Itália, provavelmente perto de Milão, porque muitas variedades precoces tem nomes de cidades da região.

Embora as abóboras não terem sua origem na Itália, os italianos as adotaram e são os responsáveis pelo seu desenvolvimento e difusão do seu consumo. A famosa “zucchini”, abobrinha em italiano é um ícone, dessa tão difundida culinária.

Os franceses e muitos outros países de língua inglesa ela é chamada de “courgette”.

A abobrinha é um vegetal tão versátil e leve que é possível encontra-lo em muitos tipos de receitas. Pode ser cozido ao vapor, escaldado, refogado, assado ou frito. Pode ser usado em bolos, pães ou em qualquer coisa que se imaginar.

No México, eles preferem a flor ao bulbo da abobrinha para usa-las em sopas e quesadilhas. Na Itália, a abobrinha é servida em uma variedade deabobrinhamaneiras, especialmente empanada e frita. Alguns restaurantes em Roma são especializados em fritar as flores, que são conhecidas como “Fiori di zucca”. Na França, a abobrinha é chave do “ratatouille”, um ensopado de legumes cozido no azeite, em fogo baixo. As abobrinhas são também recheadas com tomate e pimentões em um prato tradicional chamado “courgette farcie” (abobrinha recheada).

Na cozinha turca, a abobrinha é o principal ingrediente na “mücver” um prato popular que é um tipo de panqueca feita de abobrinha ralada, farinha, ovos, levemente frito no azeite e servido com iogurte.

Na Grécia, a abobrinha é geralmente frita ou cozida com outros legumes, muitas vezes pimentas verdes, pimentões e berinjela. Muitas vezes é recheada com carne moída, arroz e ervas e servida com molho “avgolemono” , uma iguaria grega preparada com gemas de ovos e limão.  Em várias partes da Grécia, as flores da planta são recheadas com queijo branco, geralmente “feta” ou “mizithra”, ou com uma mistura de arroz, ervas e carne moída. Em seguida eles são fritos no azeite ou assados com molho de tomate no forno.

Na Bulgária, a abobrinha é frita e servida com um “dip” feito de iogurte, alho e dill. Outro prato popular são as abobrinhas de forno, raladas ou fatiadas, cobertas por uma mistura de ovos, iogurte, farinha e dill.

No Egito, elas são cozidas com alho, molho de tomate e cebolas.

Na Espanha, a abobrinha “calabacín” em espanhol é o ingrediente essencial do “pisto”, uma prato típico da região da Múrcia. As abobrinhas também são servidas fritas com ovos e cebolas em azeite de oliva para fazer uma iguaria espanhola chamada “tortilla de calabacín”.

A abobrinha tem baixas calorias e muitas vitaminas. É considerado um alimento ótimo para dieta porque ao consumi-la tem-se a sensação de saciedade. A maior parte das vitaminas está na casca, que também é uma excelente fonte de fibras, vitaminas B e potássio.

Ozana Herrera